quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

o tempo

Há um tempo atrás eu ‘torcia o nariz’ para berinjela, uva passa e fios de ovos.
Hoje, eu ‘lambo os beiço’ e não imagino minha vida sem eles.
Há um tempo atrás eu não sabia viver sem fazer minhas unhas.
Hoje eu sei enxergar a beleza de minhas mãos ao natural.
Há um tempo atrás eu não sabia que o motivo de ter duas orelhas e uma boca.
Hoje eu escuto mais e falo menos.
Há um tempo atrás, eu estava de acompanhante na fila de espera do coração.
Hoje eu respiro aliviada.
Há um tempo atrás eu tinha frio na barriga ao me deparar com algumas situações.
Hoje eu dou muita risada quando me deparo com algum obstáculo.
Há um tempo atrás eu não sabia o que significado da palavra ‘arriscar’.
Hoje eu conjugo esse verbo constantemente.
Há um tempo atrás eu era menos lapidada do que sou hoje.
Há um tempo...
O tempo e as circunstâncias me ensinam coisas que nunca imaginei.
Amo aprender! Amo superar! Amo arriscar! Amo VIVER!!!
O que será que me espera em 2010?
Seja o que for, que venha com tudo!!!!

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

O presente de Deus

Preciso confessar que esse Natal foi diferente do outros.
Passei com minha filha, meu marido, pais, irmãos e tia.
Esse ano VIVI o Natal de forma diferente.
Sempre achei que o Natal é puro comércio. Mas curtia do mesmo jeito, afinal, pra mim, o Natal é e sempre será a comemoração do nascimento de Jesus Cristo. E esse nascimento eu comemoro diariamente!
Esse ano, não liguei pra ninguém pra desejar um Feliz Natal. Quem me ligou eu retribuí os votos.
Também não dei presentes pra ninguém! Apenas pra minha filha.
Ah gente, cansei.
Se o motivo do Natal é o nascimento de Jesus Cristo, por que ninguém se quer fala Nele?
E as vitrines decoradas com flocos de neve? Hã? Moramos no país tropical, nem neva por aqui, qual o motivo então?
E os presentes? Pra que tanto presente? Presente pro fulano, pro siclano, pro beltrano....
Ah, me poupem! Alguém se lembra de agradecer a Deus pela vida e a saúde? Alguém agradece pelo menos a ceia?
E a tal 'solidariedade'? Ela só aparece em dezembro? Os asilos e orfanatos só 'precisam' de donativos em dezembro? E as crianças carentes, só 'precisam' dos brinquedos e roupas usadas pelos nossos filhos no Natal? Que história é essa de 'vamos oferecer um Natal mais digno ao nosso próximo'? E os outros meses? Não podem ser dignos também?
Tem aquela conversa que Natal é época de perdoar! Só no Natal que devemos liberar o perdão?
As reflexões também só acontecem nessa época. Sim, porque é nessa época que as pessoas 'refletem' sobre a vida e sobre o ano que passou!
Gente, temos que refletir o tempo todo! Refletir sobre o que somos, o que representamos para o nosso próximo, de que maneira contribuímos com o mundo em que vivemos, como podemos ajudar o nosso próximo, como podemos ser pessoas melhores e que não existe 'tempo de perdoar'. Devemos perdoar o tempo todo!
Esse ano vivi a solidariedade bem de pertinho. Minha irmã transplantou o coração e graças a um doador, aos médicos preparados e capacitados e principalmente à Jesus, hoje ela tem outra vida! Está curada!
Então, acho que está explicado porque todos os meus natais serão diferentes: o Meu Jesus nos deu um presente que dinheiro nenhum compra: a saúde!
E o presente de Deus para todos nós, JESUS, deve ser comemorado diariamente!

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

CÍRCULO VICIOSO





Despertador. Silêncio. Relógio. Elástico no cabelo. Chinelo. Banheiro. Descarga. Escova de dentes. Água. Sala. Silêncio. Bolsa. Bolsa da Manu. Uniforme da Manu. Quarto Manu. Despertar. Manha. Resistência. Mais manha. Beijos. Muitos beijos. Uniforme. Sandálinha. Sala. Banheiro. Descarga. Sabonete. Água. Quarto. Bate papo. Armário. Roupa. Brincos. Perfume. Bate papo. Maquiagem. Salto. Sala. Bate papo. Cozinha. Geladeira. Oração. Leite. Xícara. Açúcar. Bate papo. Microondas. Prato. Beijo molhado. Despedida. Pão. Requeijão. Yakult. Faca. Colher. Guardanapo. Bate papo. Sala. Banheiro. Escovas de dentes. Água. Pente. Enfeites de cabelo. Colônia infantil. Bate papo. Sala. Bolsas. Celular. Chave. Porta. Elevador. Bate papo. Portaria. Bate papo. Rua. Ônibus. Bate papo. Rua. Escolinha. Manha. Beijos. Despedida. Rua. Silêncio. Ônibus. BOTÔES. Aterro do Flamengo. Centro da cidade. Rua. Elevador. Escritório. Computador. E-mails. Bate papo. Computador. Planilhas. Elevador. Rua. Almoço. BOTÕES. Rua. Vitrines. Elevador. Escritório. Planilhas. E-mails. Bate papo. Computador. Elevador. Rua. Ônibus. BOTÕES. Rua. Escolhinha. Reencontro. Beijos. Sorrisos. Risadas. Felicidade. Bate papo. Rua. Ônibus. Bate papo. Risadas. Beijos. Rua. Portaria. Elevador. Bate papo. Porta. Sala. Reencontro. Beijo molhado. Bate papo. Bagunça. Cozinha. Geladeira. Prato colher. Oração. Comida. Banheiro. Sabonete. Água. Xampu. Risadas. Brincadeiras. Toalha. Pijama. Escova de dentes. Água. Bate papo. Sala. Quarto da Manu. Oração. Beijo. Sala. Bate papo. Televisão. Comida. Banheiro. Água. Sabonete. Escova de dentes. Pijama. Sala. Televisão. Sofá. Risada. Bate papo. Quarto. Cama. Travesseiro. Beijo. Escuro. Oração. Sono.

domingo, 6 de dezembro de 2009

VAIDADE X ESCRAVIDÃO



Estava voltando de um exame de rotina, quando entrei no elevador lotado. A pressa e o calor não me permitiram descer quatro andares de escada! Não demorou nem 30 segundos pra chegar no térreo, mas foi tempo suficiente pra saber o que duas mulheres conversavam.

mulher 1: 'Naquela época, não tinha esse negócio de ser bonita ou feia. Naquela época, qualquer mulher se casava. Bonita ou feia, tinha marido!'
mulher 2: 'Mas naquela época tinha escravidão. Você seria escrava!'
mulher 1: 'Deus me livre, me matariam, mas eu não seria escrava! Prefiro viver nos dias de hoje, sem homem, mas livre!'

Meu Deus! Saí de lá batento altos papos com meus botões!

As mulheres que protagonizaram essa cena, eram negras. Falavam de beleza e, pelo que pesquei, de 'solteirice'!
O que será que elas falavam antes de eu entrar no elevador?
Bem, o que pude concluir que a mulher 1 prefere ser solteira e livre a ser casada e escrava.
Concordo plenamente! Eu também teria faria essa escolha se pudesse!
Mas vamos à minha 'viagem'!

Naquela época não existiam padrões de beleza como hoje porque também não existiam a tecnologia e os cosméticos que existem hoje! Mas hoje, a escravidão é diferente. Muitas mulheres são escravas! Sim, ESCRAVAS DA BELEZA! Escravas da vaidade!
Independente de estado civil, exite muita mulher que 'serve à estética'! E 'serve' por livre e espontânea vontade. São mulheres que se preocupam com a beleza exterior mais do que qualquer outra coisa. Mulheres que se arriscam em procedimentos cirúrgicos, gastam horas e horas em academias, empenham dinheiro alto em roupas e cosméticos!
Vivemos uma escravidão opcional! As pessoas escolhem servir o corpo!

E eu? Bom, eu sou uma mulher que não sai de casa sem maquiagem, que se preocupa em esconder as olheiras, que só faz as unhas em ocasiões especiais, que só pinta o cabelo por conta dos fios brancos que insistem em crescer (e me fazem ir ao salão gastar os tubos e meu precioso tempo com coloração), que não fica sem brinco e anda perfumada. Sou aquela que está sempre de dieta (na esperança de entrar nas roupas que usava antes da gravidez), mas que não passa fome e nem faz loucuras por conta da balança. Sou aquela que aceita as fases naturais da vida, que não pratica esportes (sei que deveria) e que mora a uma quadra da praia e caminha de vez em quando (sei que deveria caminhar diarimente). Enfim, sou aquela mulher que se preocupa muito mais com as questões espirituais e intelectuais.

Não critico a vaidade alheia e nem acho que as mulheres tem que se descuidar. Pelo contrário! Apenas acho que deve existir o bom senso (como em tudo na vida). Nada de exageros. Nada de escravidão. Sem aquela história de 'só sair de casa com os cabelos escovados e alisados' (até porque também há beleza nos cachos!)! Sem aquela história de se privar de comer um docinho por conta da magreza 'Kate-Moss-niana' (gostaram?). Nada de depressão por não usar o manequim 36 que a sociedade prega como padrão de beleza! Nada de seguir os padrões de beleza exagerados da mídia!

Vamos viver as singularidades! Vamos viver a beleza interior! Vamos viver nossa beleza (que não está nas capas de revistas)! Vamos viver OS NOSSOS padrões de beleza! Vamos nos amar do jeito que somos!!
Vamos escolher uma vaidade LIVRE DE PADRÕES!

Por fim, ainda bem que a escravidão dos negros foi abolida (coisa absurda de se acreditar que existiu um dia...)!

Quem será a próxima 'Princesa Isabel' que vai nos libertar das amordaças da vaidade?

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

O que o Aterro significa pra mim

Nem sempre valorizamos o que temos. É verdade! Às vezes é preciso até perder algo para dar o merecido valor. Isso acontece com tudo na vida.
Eu posso afirmar categoricamente que dou valor a tudo que tenho. Tudo mesmo. Desde a minha saúde até a minha cama aconchegante. Valorizo minha família, minha vida, meus amigos e as coisas que tenho. Valorizo cada um com uma intensidade diferente, é claro. Por exemplo, não valorizo um bem material mais do que ele mereça. Não é prioridade em minha vida. Valorizo muito mais meus momentos, meus dons, meu 'eu', minha felicidade.
Acho que cada coisa tem seu valor.
Por que estou falando de valores? Porque hoje estava voltando do trabalho, de ônibus, Aterro do Flamengo, dia claro (horário de verão), vento no rosto e com meus botões, pensando: que coisa linda este lugar!
O Aterro do Flamengo é um lugar lindo, por onde passo duas vezes no dia, sete vezes na semana. É um lugar que me remete à minha infância e adolescência (meu Deus! quanto tempo se passou! rsrsrs)! Durante todo o período que morei em São Paulo, minhas férias eram no Rio. As tão esperadas férias escolares. E aí, meus pais faziam nossas malas (e eram muitas...), preparavam um lanchinho e vínhamos nós:
São Paulo-Rio. Rodovia Dutra (naquela época, era todo emburacada!!!), 6 horas de viagem, não sei quantos 'mil' quilômetros e milhares de perguntas (já chegou? falta muito? estamos em que cidade? já passou Resende? já passou a Serra das Araras? - coitados dos meus pais! busto de bronze pra eles)!!!!! Enfim, chão pra caramba!
Tá, e o que é que isso tem a ver com o lance dos 'valores' que eu estava falando?
Vou explicar: quando chegava na avenida Brasil, já no Rio, meu relógio biológico me despertava e eu acordava! Era o momento mais esperado: sair da Brasil, pegar o elevado, Perimetral e pum: CAIR NO ATERRO!
Gente, era tudo! O Aterro significava muito pra mim! Era o 'início' das minhas férias, o 'início' do Rio e o 'fim' de São Paulo. Ali a nossa viagem terminava! Aquele cheiro (que até hoje consigo sentir), aquelas árvores passando por mim, aquelas luzes, aquele verde sem fim, o 'Cristo' chegando, a Marina ficando pra trás, os carros passando, a expectativa de diversão...

E eu estava hoje no ônibus, com meus botões, pensando justamente nisso: o que esse lugar significa hoje pra mim! Significa o meus 'gás ' pra começar o dia, significa minutos que posso estar com meus botões, significa o renovo que preciso pra voltar pra casa e encontrar meus amores!
E aí vem a moral dessa minha conversa com meus botões: tantos lugares lindos nesse nosso Brasil de Meu Deus, e muita gente não dá o valor merecido pra nossa Terrinha!

Eu, mais uma vez, valorizo as coisas que Deus me permite ter, ver e viver!
Viva o Rio de Janeiro!


quinta-feira, 26 de novembro de 2009

aaahh o calor.....


Eu nunca suportei calor. Não sei porque. Não sei se é porque vivi dos meus 5 aos 17 anos em São Paulo naquele frio paulistano e curtindo praia apenas nas férias que passava no Rio ou se é somente pelo fato de não gostar mesmo. Não precisa ter um motivo (eu acho).
Só sei que não GOSTAVA. Minha praia sempre foi o frio.
Depois que Manu nasceu, mais precisamente depois que ela passou a frequentar a creche, eu passei a AMAR O CALOR!
Impressionante! Impressionante como um filho pode mudar a gente. Impressionante também como os virús fazem a festa nas crianças. No inverno, as alergias aparecem, gripes e resfriados vem com força total. Com isso, no pacote, surgem as noites mal dormidas, os lenços de papel (pra secar a interminável coriza) e as 'comprinhas farmacêuticas'.
Gente, esse lance da farmácia merece um post especial! Quem sabe no inverno! rsrsrs
Voltando, AMO O CALOR!! Manu nos dá férias da emergência do Copa D'Or (no inverno somos figuras fáceis naquela pediatria) e de quebra nos 'obriga' a ir a praia (aí, Di e eu, damos férias para o nosso bronze 'gringo refletindo o sol na praia').
Enfim, Manu mudou meu jeito de encarar o verão. Eu até que tô gostando!
QUE VENHA O VERÃO CARIOCA!!!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Muita gente, pouca educação

Sábado fui bater perna no Centro do Rio de Janeiro, mais precisamente no Saara (comércio popular do Rio). Sol escaldante, muita gente (mas muita mesmo), sacolas, sede, leque, mais gente, preço baixo e muita falta de eduação. É gente se esbarrando o tempo todo.
Eu não suporto lugares lotados de gente, ainda mais se ficam se 'encostando em mim'.
Bom, lá pelo final do meu 'passeio', entrei em uma loja de artigos para artesanato que tem de tudo. Mas tudo mesmo. Desde botão até penas para fantasias.
A fila quilométrica. 667 mil pessoas dentro da loja. E eu lá, me abanando e com cara poucos amigos.
Entrei na fila. Fazer o que? Tem que pagar, né?
Pois bem, logo atrás de mim, 'encostou' uma senhora baixinha cheia de coisas. A fila andou. Andei. A senhora andou também e me 'encostou'(usarei esse termo mas deveria usar aquele termo usado pelos homens quando fazem o mesmo em alguma mulher: enco....)
Voltando. Olhei para trás e fiz uma carinha de 'não gostei'. Ela percebeu. Dei um passo a frente e 'desencontei'. A fila andou de novo. A senhora me 'encostou' mais uma vez, pela segunda vez. E pela segunda vez olhei com cara de poucos amigos. E ela novamente notou que não eu não tinha gostado.
(Cabe a mim explicar que quando ela me 'escontava', não era um encostar de 'relar' e pronto. Ela encostava e ficava 'grudada em mim'. Me passando todo seu 'calor humano'! Coisa totalmente desnecessária naquela hora: receber calor humano, o meu já me bastava!)
Na terceira 'encostada', virei-me gentilmente e pedi: 'A Senhora poderia manter uma certa distância de mim, por gentileza? É que está bem quente, não acha?'
Ela finalmente 'desencostou' e ainda resmungou. Continuei na fila interminável, num calor insuportável. Mas aguentei firme e de lá voltei pra casa.
Ah, gente! Pelo amor de Deus! Tem certas coisas que não precisam ser ditas. Educação é tudo. Bom senso também!
Não, eu não sou intocável. Mas diante de toda a situação, não há quem aguente.
Será que ela achou que me 'encostando' chegaria mais rápido ao caixa?
Ela deve pertencer ao grupo de pedestres que aguardam para atravessar no meio da rua. Aqueles que não respeitam faixa de pedestre e ficam no meio da rua mesmo! Descem a calçada e acham ruim quando um carro não desvia deles. Sim, porque os carros tem que desviar quase uma pista pra não atropelar esse povo desesperado. Isso quando não atropela.
O que será que passa na cabeça desse povo, hein? Sei lá... de repente é o mesmo que passa na cabeça dos motoristas que páram em cima da faixa de pedestres ou fecham cruzamentos!

Eita povo apressado e sem senso que habita esse mundo....

Como diz a Manu: "cruix kedu"!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Nasceu!!!!!

Eeeeeeeeeehhhhhhhhh!!!
Tomei coragem! Criei um blog.

Que meda!!!

Será que vou levar a diante? Será que vou dar conta de postar sempre coisas bacanas?
Será que vou aguentar me expor? Sim, porque é doidera!
Uma coisa é expor uma fotinho ou outra no orkut, outra coisa é sair falando o que penso e sinto!
Como estou quase 3.0, a idade de arriscar de uma maneira diferente (outra hora falo sobre esse lance de idade), resolvi me aventurar.

Vou usar esse espaço pra dividir 'meus pensamentos' com as teclas também. Ora, os botões estavam ficando muito egoístas! rsrsrs

É isso!