quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

minha casa, minha vida (não, esse não é um post sobre o plano de governo da Dilma)

quando vou à casa de alguém, nunca reparo se está bagunçada, se a decoração é adequada, se o sofá está rasgado e se o copo que me servem aguá é de requeijão ou de cristal.
nunca.

pra mim, minha casa é um lugar sagrado. é o meu refúgio, é o lugar que eu me sinto bem.
imagino que as pessoas pensem dessa maneira também.

na minha casa, sempre tem uma alguma coisa fora do lugar.
um prato ou um copo na pia esperando ser lavado, uma bolsa em cima da mesa, as almofadas fora do lugar, as cortinas abertas assimetricamente, os controles remoto sobre o pufe, chinelo pelo caminho, bonecas pela sala, canetinhas no meu quarto, roupas secas no varal, desenhos feitos pela Manu na mesa do computador e às vezes, porque não, uma calcinha pendurada na torneira do box. e qual casa que não tem?

na minha casa mora gente! minha casa não é uma casa de revista de decoração.

e se alguém chega na minha casa de surpresa, será recebido com muito carinho, mas jamais mudarei minha rotina e nem tentarei disfarçar hábitos que temos por conta do que a pessoa poderá vir à pensar de mim.

na minha casa, eu coloco no uso tudo que eu tenho.
louças, roupas de cama, toalhas.
tudo que eu tenho de melhor é usado no dia à dia.
se quebrar, quebrou! paciência.

não guardo apenas para as visitas.
muita gente deixa aquela louça maravilhosa, a toalha felpuda e a melhor roupa de cama para servir quem chega.

penso: 'pra que vou guardar o melhor para quem é de fora, se vivem comigo as melhores pessoas da minha vida?'

não desmerecendo as pessoas que nos visitam, mas eu, meu marido e minha filha merecemos o melhor.

a minha casa é o meu ambiente.


agora, lendo essas palavras, você consegue fazer uma analogia casa x vida??


ontem eu estava pensando sobre isso. estava fazendo uma analogia de como a maneira de lidar com minha casa pode ser o reflexo de como levo a minha vida.

parece óbvio, mas nem sempre a gente se dá conta dessas coisas.

se reler o post dá pra fazer uma rápida leitura de um pouco da minha personalidade e do meu estilo de vida.

observe sua casa. repare como é interessante se ver refletido na sua decoração e nos seus hábitos domésticos.

e acima de tudo, receba as pessoas na sua casa do jeito que ela estiver. do jeito que ela é.
não corra pra tirar o pó da estante e lavar a louça para evitar de alguém reparar.
quem te visita, o faz porque gosta de você exatamente do jeito que você é.
se não gostar, não vai voltar.
e se não voltar, não será o fim do mundo.
dependendo será até bom.

mil vezes ter a casa com poucos amigos do que cheia de gente que ao virar as costas e te critica.







Um comentário:

Luisa Dias disse...

Adorei. Profissionalmente, escrevi estes dias uma pauta sobre casa com cara de casa... São poucas nestes tempos de moda. E casa boa é aquela em que a gente vê um pedacinho do dono nas paredes, outro tantinho no sofá e sente que ali mora gente de verdade.